quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sérgio Vaz participa de sarau em Salvador


O poeta vai estar na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato


Realizado no último domingo de cada mês na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (BIML), em Nazaré, o Sarau Bem Legal ganha edição especial neste domingo (25/07) com a presença do escritor e ativista cultural Sérgio Vaz, articulador da Cooperifa – Cooperativa Cultural da Periferia, de São Paulo. Homenageado desta edição, Sérgio terá alguns de seus poemas declamados pelo grupo Este Tal Recital, formado por oito crianças de 8 a 12 anos, residente do evento.

Esta é a décima edição do Sarau Bem Legal, que tem entrada gratuita e começa a partir das 10h. A cada rodada, um escritor nacional é homenageado com um grafite – realizado ao vivo – e com uma seleção de seus poemas.

Desta vez, o encarregado de retratar o convidado é o grafiteiro Fael I, um dos mais conhecidos da cidade. Haverá também a performance do grafiteiro Neuro que pintará a assinatura do Bem Legal, técnica conhecida no meio como TAG. O recital propriamente dito começa às 11h. Além dos poemas de Sérgio Vaz, também serão mostrados textos do escritor e compositor Arnaldo Antunes e da poeta paranaense Helena Kolody. O grupo convidado deste mês faz parte da ABENE - Associação dos Moradores de Nova Esperança, parceira do Projeto Ler é Poder, fundado pelo ator Lázaro Ramos. No final, haverá microfone aberto aos poetas e poetinhas da plateia, momento sempre surpreendente.

As próprias crianças selecionaram os poemas de Sérgio Vaz que serão apresentados, a partir dos livros Subindo a ladeira mora à noite (1992), A poesia dos deuses inferiores (1995), Pensamentos vadios (1999) e Colecionador de pedras (2004). O último foi relançado pela Global Editora na Coleção Literatura Periférica em 2007. Sergio também é autor de Cooperifa: antropofagia periférica (2008), publicado pela editora Aeroplano, no qual narra sua trajetória literária e a história do sarau que ajudou a criar.

Iniciativa do Coletivo Blackitude – Vozes Negras da Bahia em parceria com a Biblioteca Monteiro Lobato, o Sarau Bem Legal começou a se desenvolver em agosto de 2009, reunindo inicialmente, 11 crianças entre 8 e 12 anos. O grupo ensaia semanalmente e, nas apresentações, conta com a participação de outros grupos de poesia infanto-juvenis da cidade. A primeira apresentação pública foi em sua inauguração, em outubro de 2009, com o recital “Leminskianas Baianas”, homenagem ao paranaense Paulo Leminski. Na sequência, nomes como José Carlos Limeira, Ferreira Gullar, Alice Ruiz, Arnaldo Antunes e Helena Kolody estiveram no foco. Já os grafites foram assinados por Finho, Lee27 e Marcos Costa.

Juntamente com poemas, fotos, mini-biografas e textos executados pelas crianças, os grafites comporão uma exposição pública que ocorrerá no encerramento da primeira etapa do projeto, no mês de seu aniversário, em outubro de 2010. Está previsto, também, a publicação de um livro-memória do primeiro ano.

Promoção: BIML / Fundação Pedro Calmon/ Secult
e BLACKITUDE
Apoio: PROLER Salvador e SANKOFA AFRICAN BAR



PROGRAMAÇÃO

23/07 (sexta)
Seminário: O Sarau Literário na Teoria e na Prática – Seminário Ilustrado
Horário: das 18h às 22h
Com: Nelson Maca, Sérgio Vaz e Silvio Roberto Oliveira
Local: Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, Praça Almeida Couto, Nazaré. Tel: 3117.1433.
Inscrição: R$ 10,00
Informações: 3326.4620 (Nelson Maca) / 9176.5755 (Ana Cristina)
3117.1433 (BIML) / bimlsecretaria@gmail.com / blackitude@gmail.com

24/07 (sábado)
Sarau Bem Black – Edição Especial / Homenagem ao Poeta Sérgio Vaz
Local: Sankofa African Bar – Rua Frei Vicente, n.7, Pelourinho (ao lado do Olodum)
Horário: Das 19h às 22h
Atrações: Poetas da Blackitude, Convidados e pocket-show com Opanijé (Rap- BA)
Convidado especial: Poeta Sérgio Vaz (Cooperifa - SP)
Filme: “Povo lindo, Povo inteligente!: O Sarau da Cooperifa” (50’), às 19h
Entrada Franca

25/07 (domingo)
Sarau Bem Legal
Local: Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, na Praça Almeida Couto, Nazaré. Tel: 3117.1433
Horário: Das 10h às 13h00
Atrações: Grupo Este Tal Recital, Sérgio Vaz (poeta homenageado), grupo (convidado) e Fael (grafite).
Entrada Franca

Biblioteca Infantil Monteiro Lobato – 71 -31171415 / 31171433
Informações: Nelson Maca – 71- 3326-4620

domingo, 18 de julho de 2010

O caminho da incompreensão

Por: Monique Jagersbacher

Em ocasião da morte do vate paraibano Augusto dos Anjos, Olavo Bilac – conhecido como o príncipe dos poetas – disse que a poesia brasileira não perdia grande coisa.

Ledo engano! A poesia brasileira perdia, prematuramente, um de seus maiores expoentes poéticos. Mas este poeta, injustiçado pela crítica, à sua época, foi imortalizado pela sua poesia tão singular e original que não foi possível enquadrá-lo em nenhuma escola literária, tornando-se pré-modernista apenas por questões didáticas.

“Literariamente, parece que Cesário Verde não existe” desabafou o poeta Cesário Verde que foi ignorado pelas revistas e pela crítica literária, pois a sua originalidade e o desapego ao lirismo formal causavam estranheza ao gosto português. Cesário teve um único volume publicado, postumamente, por um amigo. O fato é que Cesário promoveu uma incrível renovação na poesia portuguesa, influenciando mais tarde, poetas como Fernando Pessoa.

A poesia No Meio do Caminho do ilustríssimo Carlos Drummond de Andrade foi recebida com grande estranheza pela crítica da época, em ocasião do seu lançamento, em 1928. Drummond teve coragem para publicar o seu poema e enfrentar a crítica quando ainda não tinha alcançado o merecido reconhecimento. Críticas estas que renderam a publicação do livro Uma Pedra no Meio do Caminho – Biografia de um poema, organizada pelo próprio Drummond em comemoração aos 40 anos de publicação do poema. Certamente, a poesia sem rima de Drummond, deve ter sido uma pedra no meio do caminho de muitos críticos.

O que estes poetas têm em comum além de possuírem reconhecimento e terem enfrentado a crítica?
Todos eles romperam com as tradições poéticas vigentes em suas épocas. Transgrediram regras e se libertaram da rigidez formal das escolas literárias.
Foram imortalizados pela arte, cada um a seu modo, ao seu estilo, com sua singularidade.
E hoje, na atualidade, depois de transpostas essas barreiras, será que vamos continuar trilhando o caminho da incompreensão? Julgando a arte do outro como inferior segundo as nossas próprias regras ou comparando-os com os grandes poetas póstumos que foram também vitimizados, em suas épocas, por visões tão míopes?
Embora aplicadas em outro contexto, ouso expor aqui palavras do próprio Drummond: “A poesia é incomunicável”.



Comentário de Valdeck Almeida de Jesus

Cara Monique Jagersbacher…

Sua reflexão sobre o valor dos textos poéticos, e, por extensão, da arte em si, é pertinente. Primeiro, não somente por virem ancoradas em ações de grandes nomes da nossa literatura e, segundo, pois é coerente. Ou seja, mesmo que não fosse Drummond ou outro grande poeta no assunto em questão, o que fica explícito, aí, no seu texto, é que a escrita, a produção de um artista da palavra, não pode e nem deve receber carimbo ou rótulo de “bom”, “ruim”, “razoável” ou algo que o valha. Arte é arte. Artista expressa o que sente e, assim, não importa a forma, a embalagem. Se a baliza fosse o domínio da língua formal, muitos de nós jamais poderiamos ser classificados como artistas, inclusive renomados e consagrados escritores de todos os tempos pois, falhas gramaticais sempre vão existir, pois a língua é viva e dinâmica, independe, por muitas vezes, do falante.

Classificar é próprio de um sistema que pretende dar um valor a um produto (nesse caso, a escrita, a poesia, a crônica, o romance etc), a fim de torná-lo “competitivo”, vendável, comercializável. O que dizer, então, de tantos artistas que não registram suas criações, como pichadores, repentistas, contadores de causos, cordelistas, artistas de rua, palhaços etc? Não poderiam ser chamados de artistas? Afinal, como medir se um desenho na parede de um muro é arte ou não? Como classificar a atuação de um ator de rua?
Deixemos os críticos criticarem e vamos fazendo nossa arte, acreditando nos nossos sonhos. Eles, os críticos, estão sentados em berço esplêndido e nunca vão sentir o frio na barriga ao declamar um poema ou enfrentar uma plateia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fábrica de Música



O show acústico Fábrica de Música que tem como atração o ator, cantor e compositor Afonso Penna, que apresentará para todas as tribos que frequentam o local um som eclético e atemporal. Relembrando em sua agitada releitura os antigos e novos sucessos do Pop-rock e MPB. À exemplo de Raul Seixas, Legião Urbana, Titãs, O Rappa, Jota Quest, Caetano, Djavan, Cazuza, Cássia Eller, dentre outros. Além de mostrar composições próprias. Depois do sucesso da versão rock'in roll que deu em Vampiro (Alguns anos atrás gravada por Caetano Veloso), música do cantor e compositor Jorge Mautner nos espetáculos Filhos do Kaos e Mitologia do Kaos, ele retorna com seu estigma eclético-músical como sempre voltado para o pop-rock / MPB. Nos espetáculos citados, atuou como músico e também encarnou o papel do cineasta Glauber Rocha que contracenava com o artista plástico tropicalista Hélio Oiticica e o próprio “personagem” Jorge Mautner. Logo adiante passou a encarnar o próprio Helio Oiticica que repercutiu ainda mais como o Oiticica. Mautner o homenageado aprovou de cara todo o espetáculo e adorou a versão rock'n roll do Vampiro dada pelo próprio Afonso que em breve pretende lançar um livro de poesias com o prefácio do poeta tropicalista José C. Capinam e contracapa assinada por Carlinhos Brown que cedeu há um tempo atrás uma letra inédita para ser musicada pelo próprio Afonso. "A Marisa Monte com certeza se ouvir a música, irá querer gravar imediatamente", diz Afonso. Em breve o site! Voz, violão e ambiente jovem personalizado é o que prometem o artista e o espaço.

Todos os Sábados de Julho das 18:45 às 20:45h na Pça. de Alimentação do Shopping Center Lapa (Centro) e Todas as Quintas-feiras das 19 às 21h na Pça. de Alimentação do Shopping Piedade (Centro).

Todas as sextas-feiras na Sauna Planetário 11 (Tororó-Centro) Das 18 às 21h. Todos os sábados na Boate Tropical (Av. Contorno-Centro) De 12 (Meia noite) às 3h da madrugada)


Contatos: (71) 8703-3517
Email, Orkut e MSN: afonsopennadoc@hotmail.com

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Clara Maciel: escritora, mãe e poetisa

A escritora Clara Maciel, 49 anos (22/08), é a mãe dos escritores Uitan, Camilla e Gabriel Francisco Maciel. Uitan Maciel tem 24 anos, é formado em ADM-Gestão de Negócios e está fazendo a segunda faculdade - Sistema de Informação. Uitan é escritor na área de pesquisa (história e economia), ajudou na pesquisa do livro do Historiador Elias Marques - sobrinho do grande Nonato Marques, (O Meteorito do Bengegó também atraiu Magos). Escreveu várias matérias para jornais e como professor, com apenas 17 anos, com Reda especial do Estado em Irará-BA, escrevia matérias para informativos locais. Em Salvador escrevia no jornal Clarear, para a coluna sobre administração e economia. Tem dois romances escritos e só não edita porque diz que o sistema que rege a Cultura na Bahia é injusto para com os escritores e não quer se estressar com isso.

Camilla Maciel, 16 anos, 4º ano técnico-eletromecânica, coralista, atriz de teatro, publicou seu primeiro remance “Um Pesadelo Chamado OTTO”, gênero policial, e com dois meses de lançado já vendeu 411 exemplares. Lidera a Campanha Contra o uso de Drogas Lícitas e Ilícitas. Viva a Camilla!!!

Gabriel é o pop star da literatura da família Maciel. Ele tem 11 anos, 8º ano - Escola Pública Estadual Pinto de Aguiar, quatro livros lançados, lidos e os mais vendidos em Salvador (ver livraria Rodoviária). Menino de fibra! Não se deixou abater quando aos seis anos, enquanto recebia seu primeiro prêmio e primeiro lugar no concurso da Rede Municipal de Ensino com a Poesia Minha Escola, o pai estava falecendo no hospital.

A Famíla Maciel segue em frente com a mãe, a escritora Clara Maciel, carinhosamente guiando-os como filhos amados. Ela tem quatro livros lançados, mais de 12 títulos de Cordéis. É também compositora, poetisa, atriz de teatro e membro de mais de dez Instituções Culturais no Brasil, além de ser membro das academias de Letras e Cultura na Itália e Argentina. Ela diz: O mundo não teria passado, não provaria o presente e não saberia chegar no futuro sem os escritores. E Viva a Cultura!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jean Wyllys é homenageado com livro





Edição de Contos LGBTS é lançada na Bienal de São Paulo



O Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus, edição 2009, divulga o nome dos doze contistas selecionados na categoria “Contos LGBTS”. Esta edição especial homenageia o escritor e jornalista Jean Wyllys. O desenho da capa pertence ao artista plástico baiano Ed Ribeiro, e representa o orixá Ogum (São Jorge).

Os textos premiados foram selecionados por uma equipe de jornalistas, escritores e professores. Cada participante da antologia recebe um exemplar gratuito do livro. A coletânea será lançada na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no dia 21 de agosto de 2010, no Pavilhão de Convenções do Anhembi, no estande Giz Editorial/Livrus.

Criado em 2005 pelo escritor e poeta Valdeck Almeida de Jesus (*), o prêmio é um dos mais importantes da literatura brasileira, pois tem inscrições gratuitas e dá oportunidade a poetas do Brasil e do Mundo de terem seus trabalhos publicados. Durante as edições passadas, foram lançados mais de 600 novos poetas no mercado editorial. Em 2009 o concurso se expandiu para premiar contistas e poetas mirins, além de patrocinar um livro de poesias para Perinho Santana, morador do subúrbio ferroviário de Plataforma, em Salvador.

Visibilidade
Os livros do prêmio literário são lançados em feiras de livro e em bienais da Bahia, Rio e São Paulo. Participar de eventos dessa natureza dá aos autores novatos aumenta a auto-estima e incentiva à criação. Leandro de Assis, soteropolitano, que participou do projeto em 2007 já lançou dois livros solos e criou o projeto “Fala Escritor”, apresentado todo mês em livrarias da capital baiana. Outro fruto desse trabalho é o paulista e radicado em Salvador, Robson Brito, que já lançou três livros após a participação nas coletâneas de Valdeck Almeida.

Vencedores do concurso de contos LGBTs:
1° lugar – “As cidades” - (Thiago Thomazini)
2° lugar – “Mudar de vida” - (João Manuel da Silva Rogaciano)
3° lugar – “O anjo de Sorocaba” - (Maria da Guia)
4° lugar – “Quaresmeira” - (Benedito Costa Neto)
5° lugar – “Monsieur Yeux Bleus” - (Priscylla Piucco)
6° lugar – “Os dois rapazes” - (Reinaldo Fernandes)
7° lugar – “Ordens são ordens” - (Floriano Lott)
8° lugar – “Olhos negros” - (Nathalie Gaudêncio)
9° lugar – “Um equívoco da natureza” - (Lucêmio Lopes da Anunciação)
10° lugar – “Adelaide que amava Márcia que amava o mar” - (Nilton Silveira)
11° lugar – “O templo das mãos” - (Felipe Freitag)
12° lugar – “Espera de uma vida” - (José Ricardo Oliveira)


Organizador do prêmio:
VALDECK ALMEIDA DE JESUS, 43, Jornalista, funcionário público, editor de livros e poeta. Membro correspondente da Academia de Letras de Jequié e efetivo da União Brasileira de Escritores. Publicou os livros Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden, Feitiço contra o feiticeiro, Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia, 30 Anos de Poesia, Heartache Poems, dentre outros. Participa de mais de 30 antologias. Organiza e patrocina o Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, desde 2005, o qual já lançou mais de 600 poetas. Site http://www.galinhapulando.com/
Contato: valdeck2007@gmail.com

(*) O Projeto Literário Valdeck Almeida de Jesus está divulgado no site do PNLL.GOV.BR

Fontes:
http://www.eunanet.net/beth/news_coluna.php?col=193&pst=2158
http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=2366012
http://www.jornow.com.br/jornow/noticia.php?idempresa=1024&num_release=22971
http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1024&num_release=22971&ori=V